Reflexão: Nova época, desafios renovados. Jürgen Klopp parte para o oitavo ano ao leme do Borussia Dortmund (é já o treinador que mais tempo ocupou no comando técnico do conjunto alemão), clube que ultimamente tem constituído a principal ameaça ao domínio interno do FC Bayern Münich. Os "Die Schwarzgelben" transitam de uma temporada atípica (tendo em conta o seu passado recente), dado que apenas conquistaram a DFL Supercup e muito precocemente ficaram arredados da luta pelo cetro germânico. À saída de Mario Götze (uma das principais referências dentro e fora das quatro linhas) para o rival de Munique juntou-se uma vasta lista de lesionados, o que provocou imensas dificuldades em termos de gestão do plantel, resultando numa anormal instabilidade defensiva (recorde-se que Manuel Friedrich teve de ser recrutado em novembro de 2013 para suprir as ausências dos defesas centrais Subotić e Hummels). Os objetivos foram revistos e a aposta passou a concentrar-se exclusivamente na UEFA Champions League e na DFB Pokal. Se na prova europeia o Borussia alcançou os quartos-de-final (tendo sido eliminado pelos atuais campeões europeus numa eliminatória emocionante), na Taça da Alemanha acabou por perder no prolongamento frente ao FC Bayern Münich. A época terminou em moldes de desilusão (apesar de toda a conjuntura) e com Robert Lewandowski (profícuo ponta de lança de nacionalidade polaca) a ingressar a custo zero na formação bávara.
Para atacar o novo exercício chegaram ao Signal Iduna Park nomes como Matthias Ginter, Ji Dong-Won, Adrián Ramos e Ciro Immobile. Nuri Sahin ligou-se de forma definitiva ao clube da Vestfália enquanto o virtuoso japonês Shinji Kagawa foi resgatado mesmo em cima do fecho do mercado de transferências. Apesar da valência dos pontas de lança supracitados substituir o papel preponderante que Lewandowski ocupava na manobra ofensiva "borusser" adivinha-se um desafio hercúleo. No entanto, é legítimo acreditar que o Borussia Dortmund apresente mais qualidade exibicional e consiga atingir patamares superiores ao da época transata. Muito provavelmente o contingente de lesionados não aumentará bruscamente como em 2013/14 e há que ter consciência dos futuros regressos de İlkay Gündoğan e Jakub Blaszczykowski, pedras basilares do xadrez de Klopp que alcançou a final da UEFA Champions League em 2012/13.
À semelhança do que se sucedeu na pré-temporada, Klopp poderá variar o sistema entre o 4-2-3-1 e o 4-4-2 (que facilmente se desdobra em 4-2-4 ou 4-1-4-1). Pressão num bloco médio-alto, rápida reação à perda do esférico, ótimo posicionamento dos elementos, proximidade entre setores e criação de jogadas supersónicas, incisivas e ao primeiro toque (o que possibilita várias combinações entre os homens mais ofensivos) são notas dominantes de uma filosofia que se compatibiliza na perfeição entre jogadores e treinador. É comum ver ambos os laterais projetados no ataque, permitindo que os extremos ocupem terrenos mais interiores. Roman Weidenfeller parte para a décima terceira época ao serviço dos "Die Schwarzgelben" (já ultrapassou as trezentas partidas na 1. Bundesliga), continuando a denotar experiência e regularidade. Tem em Langerak um substituto com margem para progredir mas simultaneamente com sede de tempo de jogo. O setor mais recuado apresenta segurança e procura dar qualidade à primeira fase de construção. Hummels é o expoente máximo, exemplificando uma excelente imagem da instituição que representa (classe e humildade). Com Subotić formou uma das duplas de centrais mais fortes do futebol europeu nos últimos anos (até as lesões surgirem), sendo este aspeto determinante para a conquista de vários troféus. Sokratis tem crescido imenso ao passo que Ginter é dos jovens mais promissores do futebol alemão. De resto, a contratação do ex-SC Freiburg foi realizada no sentido de prever uma eventual saída de Hummels no futuro a curto/médio prazo). Em contrapartida, o espaço para o jovem de dezanove anos Marian Sarr reduz-se cada vez mais (seria interessante um empréstimo). Os laterais (Piszczek e Schmelzer) caracterizam-se pelo dinamismo, pela propensão ofensiva e pela capacidade física de aguentar constantes raides ao longo de uma partida. As alternativas passam por mais dois jovens com potencial, Jannik Bandowski e Erik Durm. No seio destas opções reside ainda Kevin Grosskreutz, um jogador polivalente e útil para qualquer treinador.
Na zona intermediária não existiram grandes alterações. O veterano Sebastian Kehl renovou por mais um ano para finalizar a sua carreira em 2015. Este, a par de Kirch, oferecem experiência a um meio-campo dominado pela juventude. Sven Bender perdeu praticamente toda a temporada passada, mas aparece rejuvenescido para dar consistência defensiva. İlkay Gündoğan deverá regressar brevemente (é um verdadeiro pêndulo), Nuri Sahin acrescenta qualidade na condução e uma exímia visão de jogo e Milos Jojić poderá confirmar todos os atributos que lhe concederam o estatuto de jovem promessa (ver perfil aqui). No meio-campo ofensivo, Kagawa regressa com o intuito de esquecer a negativa passagem por Old Trafford e guiar os "borussers" a conquistas (à semelhança do que sucedeu no passado). Já Mkhitaryan é indiscutivelmente um jogador dotado tecnicamente, com interessante capacidade concretizadora mas que deverá crescer na tomada de decisão. Nas alas, Jakub Blaszczykowski é um opção deveras importante. Pierre-Emerick Aubameyang poderá imprimir velocidade no eixo ou descaído para uma das faixas laterais. Já Marco Reus dispensa apresentações e, perante a saída de Lewandowski, será indubitavelmente a principal referência ofensiva da formação aurinegra. No ataque existem três executantes que foram apostas no último defeso. Ciro Immobile chega com o estatuto de melhor marcador da Serie A, evidencia qualidades (possante fisicamente, movimenta-se muito bem com e sem bola e denota faro pelo golo) mas transporta indiretamente o peso de fazer esquecer Lewandowski. Além disso, terá de passar por um período de adaptação a uma realidade completamente distinta daquela que vivenciou em Turim. Adrián Ramos e Ji Dong-Won vêm do mesmo contexto competitivo e estarão à espera de oportunidades para exibir o potencial que apresentaram em Berlim e Augsburg, respetivamente.
Klopp parte para 2014/15 com um plantel equilibrado, à procura da estabilidade e de manter rotinas de outras épocas. A sua curta carreira de treinador iniciou em Mainz (local onde curiosamente terminou a modesta carreira enquanto futebolista profissional), mas foi em Dortmund que o timoneiro natural de Estugarda revelou competência, guiando o Borussia num projeto de reestruturação do clube a todos os níveis (que tem muita vida pela frente). A sua peculiar personalidade não deixa ninguém indiferente, levando à manifestação de vários estados de espírito. É um treinador metódico, com uma enorme paixão pelo jogo e que conhece ao milímetro os jogadores de que dispõem. Apesar de anualmente perder as principais figuras, Klopp é dotado de sagaz capacidade para reinventar processos e aproveitar jogadores que no passado deram cartas (casos de Sahin e Kagawa) no sentido de atingir os objetivos delineados. Assim, as metas para 2014/15 passarão por saciar a fome de títulos (a 1. Bundesliga escapa desde 2012 e o Borussia Dortmund tem legítimas aspirações), garantir obrigatoriamente um lugar na próxima edição da UEFA Champions League e tentar chegar o mais longe possível na principal prova de clubes europeus. Será interessante verificar se os "Die Schwarzgelben" conseguirão contrariar o domínio absoluto do conjunto de Pep Guardiola e repetir os dois títulos consecutivos alcançados em 2010/11 e 2011/12. Para tal contam com o apoio dos seus adeptos, que enchem o estádio a cada jogo e, em particular, a Südtribüne (bancada que apresenta coreografias extraordinárias). O fanatismo rapidamente invade cada adepto, intimidando simultaneamente os diversos adversários que pisam o relvado do Signal Iduna Park.
Jovem Promessa: Kingsley Coman. Nascido a treze de junho de 1996 em Paris este jogador deverá consolidar-se como uma das revelações na presente temporada. De origens guineenses, o francês desde uma fase precoce alimentou o sonho de brilhar nos principais relvados europeus. Como tal, entrou em 2002 (com então seis anos) para o modesto US Sénart-Moissy. As suas impressionantes atuações levaram os responsáveis do PSG a avançar para a sua contratação em 2004, depois de Kingsley ter prestado provas que agradaram os mesmos. Na capital francesa, Kingsley acabou por cumprir nove anos nas camadas jovens (detonou etapas rapidamente) antes de se ter estreado pela equipa principal (então liderada por Carlo Ancelotti) em fevereiro de 2013 (numa derrota por 3-2 no terreno do FC Sochaux-Montbéliard). Ao substituir o internacional italiano Marco Verratti ao minuto oitenta e sete, Coman estabeleceu-se como o mais jovem jogador de sempre (com dezasseis anos, oito meses e quatro dias) a vestir a camisola do clube parisiense na máxima divisão do futebol gaulês, batendo Nicolas Anelka nesse recorde. De resto, esses escassos minutos valeram a conquista da Ligue 1 na temporada 2012/13. No ano seguinte, Kingsley Coman demonstrou qualidades na UEFA Youth League (apontou um golo em seis presenças), contribuindo para a chegada do PSG aos quartos-de-final do certame. Paralelamente, já com Laurent Blanc ao leme dos seniores, foi utilizado em três jogos, tendo revalidado o título de campeão francês e conquistado o Trophée des Champions. Findo o exercício transato, Coman resolveu colocar um ponto final na sua relação com o PSG. Claramente nestas equipas milionárias que anualmente movimentam astronómicas quantias de dinheiro torna-se complicado a afirmação dos jovens provenientes da formação. Porém, o PSG tem contrariado levemente essa tendência, dando alguns minutos de jogo a elementos como Coman, Rabiot, Ongenda ou Bahebeck. Com receio da possibilidade de obter pouco tempo de jogo na equipa sénior parisiense, o médio abandonou o Parc des Princes no recente defeso (recusando o prolongamento do seu vínculo por mais três anos e igualmente a cedência por empréstimo a um clube da Ligue 1). Após rejeitar propostas de certos clubes ingleses e italianos, o gaulês assinou em julho do presente ano civil um contrato válido por cinco temporadas com a Juventus FC. Uma transação que surpreendeu Laurent Blanc, depois de o técnico ter afirmado há alguns meses atrás que Coman se tratava de «um dos jovens mais talentosos do PSG». No plano internacional Kingsley tem acumulado presenças consecutivas nos vários escalões de formação da seleção francesa. Em junho passado estreou-se pelos U21 com um golo numa vitória sobre a Singapura por 6-0. Deste modo, é bem provável que Coman faça parte dos eleitos de Pierre Mankowski para o Campeonato da Europa da categoria em 2015 (desde que a França supere a congénere sueca no play-off). Médio ofensivo (pode também exibir-se na faixa lateral), Kingsley Coman destaca-se pela sua criatividade, rapidez e qualidade técnica. Destro (é simultaneamente habilidoso com o pé contrário), bem composto fisicamente (178 cm e 71 kg) e com uma postura irreverente, o gaulês denota bom controlo do esférico, drible curto eficaz, capacidade para acelerar o jogo, interessante remate de meia distância, inteligência e uma agradável visão de jogo. Gosta de ajudar tanto nas tarefas ofensivas e defensivas, impondo ritmos para cada situação concreta do jogo e usando a boa apetência que possui para o passe. Deve somar mais minutos de jogo para cobrir algumas lacunas, sobretudo a nível defensivo, dos posicionamentos e da finalização. Massimiliano Allegri não teve receio e decidiu apostar no jovem executante para o encontro frente ao AC Chievo Verona, relativo à primeira jornada da Serie A 2014/15. Com dezoito primaveras Coman debutou na liga transalpina (atuando com Tévez na frente de ataque), um feito cada vez mais raro numa competição em clara decadência. A margem de progressão é enorme, pelo que 2014/15 deverá ser marcado por alternâncias constantes entre os seniores e a equipa B. Um diamante para ser lapidado em Turim e que procura seguir os passos do seu protótipo Paul Pogba (ver perfil aqui): ambos deixaram clubes europeus de topo para ingressar na Juventus FC, atuam na zona intermédia (embora com funções diferentes), partilham a mesma nacionalidade, têm imenso potencial e poderão constituir o futuro da seleção orientada por Didier Deschamps. O tempo dirá se a aposta de Kingsley Coman no tricampeão italiano dará os seus frutos. Por agora, restam poucas dúvidas: a "Vecchia Signora" adquiriu aquela que era indubitavelmente uma das principais figuras da 'cantera' parisiense!
Para atacar o novo exercício chegaram ao Signal Iduna Park nomes como Matthias Ginter, Ji Dong-Won, Adrián Ramos e Ciro Immobile. Nuri Sahin ligou-se de forma definitiva ao clube da Vestfália enquanto o virtuoso japonês Shinji Kagawa foi resgatado mesmo em cima do fecho do mercado de transferências. Apesar da valência dos pontas de lança supracitados substituir o papel preponderante que Lewandowski ocupava na manobra ofensiva "borusser" adivinha-se um desafio hercúleo. No entanto, é legítimo acreditar que o Borussia Dortmund apresente mais qualidade exibicional e consiga atingir patamares superiores ao da época transata. Muito provavelmente o contingente de lesionados não aumentará bruscamente como em 2013/14 e há que ter consciência dos futuros regressos de İlkay Gündoğan e Jakub Blaszczykowski, pedras basilares do xadrez de Klopp que alcançou a final da UEFA Champions League em 2012/13.
À semelhança do que se sucedeu na pré-temporada, Klopp poderá variar o sistema entre o 4-2-3-1 e o 4-4-2 (que facilmente se desdobra em 4-2-4 ou 4-1-4-1). Pressão num bloco médio-alto, rápida reação à perda do esférico, ótimo posicionamento dos elementos, proximidade entre setores e criação de jogadas supersónicas, incisivas e ao primeiro toque (o que possibilita várias combinações entre os homens mais ofensivos) são notas dominantes de uma filosofia que se compatibiliza na perfeição entre jogadores e treinador. É comum ver ambos os laterais projetados no ataque, permitindo que os extremos ocupem terrenos mais interiores. Roman Weidenfeller parte para a décima terceira época ao serviço dos "Die Schwarzgelben" (já ultrapassou as trezentas partidas na 1. Bundesliga), continuando a denotar experiência e regularidade. Tem em Langerak um substituto com margem para progredir mas simultaneamente com sede de tempo de jogo. O setor mais recuado apresenta segurança e procura dar qualidade à primeira fase de construção. Hummels é o expoente máximo, exemplificando uma excelente imagem da instituição que representa (classe e humildade). Com Subotić formou uma das duplas de centrais mais fortes do futebol europeu nos últimos anos (até as lesões surgirem), sendo este aspeto determinante para a conquista de vários troféus. Sokratis tem crescido imenso ao passo que Ginter é dos jovens mais promissores do futebol alemão. De resto, a contratação do ex-SC Freiburg foi realizada no sentido de prever uma eventual saída de Hummels no futuro a curto/médio prazo). Em contrapartida, o espaço para o jovem de dezanove anos Marian Sarr reduz-se cada vez mais (seria interessante um empréstimo). Os laterais (Piszczek e Schmelzer) caracterizam-se pelo dinamismo, pela propensão ofensiva e pela capacidade física de aguentar constantes raides ao longo de uma partida. As alternativas passam por mais dois jovens com potencial, Jannik Bandowski e Erik Durm. No seio destas opções reside ainda Kevin Grosskreutz, um jogador polivalente e útil para qualquer treinador.
Na zona intermediária não existiram grandes alterações. O veterano Sebastian Kehl renovou por mais um ano para finalizar a sua carreira em 2015. Este, a par de Kirch, oferecem experiência a um meio-campo dominado pela juventude. Sven Bender perdeu praticamente toda a temporada passada, mas aparece rejuvenescido para dar consistência defensiva. İlkay Gündoğan deverá regressar brevemente (é um verdadeiro pêndulo), Nuri Sahin acrescenta qualidade na condução e uma exímia visão de jogo e Milos Jojić poderá confirmar todos os atributos que lhe concederam o estatuto de jovem promessa (ver perfil aqui). No meio-campo ofensivo, Kagawa regressa com o intuito de esquecer a negativa passagem por Old Trafford e guiar os "borussers" a conquistas (à semelhança do que sucedeu no passado). Já Mkhitaryan é indiscutivelmente um jogador dotado tecnicamente, com interessante capacidade concretizadora mas que deverá crescer na tomada de decisão. Nas alas, Jakub Blaszczykowski é um opção deveras importante. Pierre-Emerick Aubameyang poderá imprimir velocidade no eixo ou descaído para uma das faixas laterais. Já Marco Reus dispensa apresentações e, perante a saída de Lewandowski, será indubitavelmente a principal referência ofensiva da formação aurinegra. No ataque existem três executantes que foram apostas no último defeso. Ciro Immobile chega com o estatuto de melhor marcador da Serie A, evidencia qualidades (possante fisicamente, movimenta-se muito bem com e sem bola e denota faro pelo golo) mas transporta indiretamente o peso de fazer esquecer Lewandowski. Além disso, terá de passar por um período de adaptação a uma realidade completamente distinta daquela que vivenciou em Turim. Adrián Ramos e Ji Dong-Won vêm do mesmo contexto competitivo e estarão à espera de oportunidades para exibir o potencial que apresentaram em Berlim e Augsburg, respetivamente.
Klopp parte para 2014/15 com um plantel equilibrado, à procura da estabilidade e de manter rotinas de outras épocas. A sua curta carreira de treinador iniciou em Mainz (local onde curiosamente terminou a modesta carreira enquanto futebolista profissional), mas foi em Dortmund que o timoneiro natural de Estugarda revelou competência, guiando o Borussia num projeto de reestruturação do clube a todos os níveis (que tem muita vida pela frente). A sua peculiar personalidade não deixa ninguém indiferente, levando à manifestação de vários estados de espírito. É um treinador metódico, com uma enorme paixão pelo jogo e que conhece ao milímetro os jogadores de que dispõem. Apesar de anualmente perder as principais figuras, Klopp é dotado de sagaz capacidade para reinventar processos e aproveitar jogadores que no passado deram cartas (casos de Sahin e Kagawa) no sentido de atingir os objetivos delineados. Assim, as metas para 2014/15 passarão por saciar a fome de títulos (a 1. Bundesliga escapa desde 2012 e o Borussia Dortmund tem legítimas aspirações), garantir obrigatoriamente um lugar na próxima edição da UEFA Champions League e tentar chegar o mais longe possível na principal prova de clubes europeus. Será interessante verificar se os "Die Schwarzgelben" conseguirão contrariar o domínio absoluto do conjunto de Pep Guardiola e repetir os dois títulos consecutivos alcançados em 2010/11 e 2011/12. Para tal contam com o apoio dos seus adeptos, que enchem o estádio a cada jogo e, em particular, a Südtribüne (bancada que apresenta coreografias extraordinárias). O fanatismo rapidamente invade cada adepto, intimidando simultaneamente os diversos adversários que pisam o relvado do Signal Iduna Park.
Jovem Promessa: Kingsley Coman. Nascido a treze de junho de 1996 em Paris este jogador deverá consolidar-se como uma das revelações na presente temporada. De origens guineenses, o francês desde uma fase precoce alimentou o sonho de brilhar nos principais relvados europeus. Como tal, entrou em 2002 (com então seis anos) para o modesto US Sénart-Moissy. As suas impressionantes atuações levaram os responsáveis do PSG a avançar para a sua contratação em 2004, depois de Kingsley ter prestado provas que agradaram os mesmos. Na capital francesa, Kingsley acabou por cumprir nove anos nas camadas jovens (detonou etapas rapidamente) antes de se ter estreado pela equipa principal (então liderada por Carlo Ancelotti) em fevereiro de 2013 (numa derrota por 3-2 no terreno do FC Sochaux-Montbéliard). Ao substituir o internacional italiano Marco Verratti ao minuto oitenta e sete, Coman estabeleceu-se como o mais jovem jogador de sempre (com dezasseis anos, oito meses e quatro dias) a vestir a camisola do clube parisiense na máxima divisão do futebol gaulês, batendo Nicolas Anelka nesse recorde. De resto, esses escassos minutos valeram a conquista da Ligue 1 na temporada 2012/13. No ano seguinte, Kingsley Coman demonstrou qualidades na UEFA Youth League (apontou um golo em seis presenças), contribuindo para a chegada do PSG aos quartos-de-final do certame. Paralelamente, já com Laurent Blanc ao leme dos seniores, foi utilizado em três jogos, tendo revalidado o título de campeão francês e conquistado o Trophée des Champions. Findo o exercício transato, Coman resolveu colocar um ponto final na sua relação com o PSG. Claramente nestas equipas milionárias que anualmente movimentam astronómicas quantias de dinheiro torna-se complicado a afirmação dos jovens provenientes da formação. Porém, o PSG tem contrariado levemente essa tendência, dando alguns minutos de jogo a elementos como Coman, Rabiot, Ongenda ou Bahebeck. Com receio da possibilidade de obter pouco tempo de jogo na equipa sénior parisiense, o médio abandonou o Parc des Princes no recente defeso (recusando o prolongamento do seu vínculo por mais três anos e igualmente a cedência por empréstimo a um clube da Ligue 1). Após rejeitar propostas de certos clubes ingleses e italianos, o gaulês assinou em julho do presente ano civil um contrato válido por cinco temporadas com a Juventus FC. Uma transação que surpreendeu Laurent Blanc, depois de o técnico ter afirmado há alguns meses atrás que Coman se tratava de «um dos jovens mais talentosos do PSG». No plano internacional Kingsley tem acumulado presenças consecutivas nos vários escalões de formação da seleção francesa. Em junho passado estreou-se pelos U21 com um golo numa vitória sobre a Singapura por 6-0. Deste modo, é bem provável que Coman faça parte dos eleitos de Pierre Mankowski para o Campeonato da Europa da categoria em 2015 (desde que a França supere a congénere sueca no play-off). Médio ofensivo (pode também exibir-se na faixa lateral), Kingsley Coman destaca-se pela sua criatividade, rapidez e qualidade técnica. Destro (é simultaneamente habilidoso com o pé contrário), bem composto fisicamente (178 cm e 71 kg) e com uma postura irreverente, o gaulês denota bom controlo do esférico, drible curto eficaz, capacidade para acelerar o jogo, interessante remate de meia distância, inteligência e uma agradável visão de jogo. Gosta de ajudar tanto nas tarefas ofensivas e defensivas, impondo ritmos para cada situação concreta do jogo e usando a boa apetência que possui para o passe. Deve somar mais minutos de jogo para cobrir algumas lacunas, sobretudo a nível defensivo, dos posicionamentos e da finalização. Massimiliano Allegri não teve receio e decidiu apostar no jovem executante para o encontro frente ao AC Chievo Verona, relativo à primeira jornada da Serie A 2014/15. Com dezoito primaveras Coman debutou na liga transalpina (atuando com Tévez na frente de ataque), um feito cada vez mais raro numa competição em clara decadência. A margem de progressão é enorme, pelo que 2014/15 deverá ser marcado por alternâncias constantes entre os seniores e a equipa B. Um diamante para ser lapidado em Turim e que procura seguir os passos do seu protótipo Paul Pogba (ver perfil aqui): ambos deixaram clubes europeus de topo para ingressar na Juventus FC, atuam na zona intermédia (embora com funções diferentes), partilham a mesma nacionalidade, têm imenso potencial e poderão constituir o futuro da seleção orientada por Didier Deschamps. O tempo dirá se a aposta de Kingsley Coman no tricampeão italiano dará os seus frutos. Por agora, restam poucas dúvidas: a "Vecchia Signora" adquiriu aquela que era indubitavelmente uma das principais figuras da 'cantera' parisiense!
Facto: O FC Internazionale Milano trucidou no passado domingo a US Sassuolo por 7-0, garantindo a primeira vitória na Serie A 2014/15. O argentino Mauro Icardi foi a figura do encontro ao apontar um hat-trick. Mateo Kovačić, Pablo Daniel Osvaldo (com um bis) e Fredy Guarín fizeram os restantes tentos dos "nerazzurri". Desta forma, a formação de Walter Mazzarri replicou os números do triunfo conseguido na temporada transata no Stadio Città Del Tricolore (a casa do adversário do passado fim-de-semana). Foi a sétima vez em todo o seu historial que o clube de Milão concretizou sete golos numa partida referente ao principal escalão do futebol transalpino.
Equipa da Semana (3-5-2): Francesco Bardi (AC Chievo Verona); Jérôme Boateng (FC Bayern Münich), Douglas Grolli (Chapecoense AF) e Bruno Miguel (GD Estoril Praia); André Hahn (VfL Borussia Mönchengladbach), Jack Wilshere (Arsenal FC), Ángel Di María (Manchester United FC), Anderson Talisca (SL Benfica) e Jérémy Ménez (AC Milan); Mauro Icardi (FC Internazionale Milano) e Diego Costa (Chelsea FC)
Equipa da Semana (3-5-2): Francesco Bardi (AC Chievo Verona); Jérôme Boateng (FC Bayern Münich), Douglas Grolli (Chapecoense AF) e Bruno Miguel (GD Estoril Praia); André Hahn (VfL Borussia Mönchengladbach), Jack Wilshere (Arsenal FC), Ángel Di María (Manchester United FC), Anderson Talisca (SL Benfica) e Jérémy Ménez (AC Milan); Mauro Icardi (FC Internazionale Milano) e Diego Costa (Chelsea FC)
Frase: «Vocês dizem que ninguém conhece o Talisca, mas se ele tivesse licença de trabalho estaria já a jogar em Inglaterra» - José Mourinho, treinador do Chelsea FC, numa entrevista exclusiva à TVI24 para o programa "Contragolpe".
Artigo escrito por: Ricardo Ferreira
Imagens: pt.wikipedia.org / sportskeeda.com / telegraph.co.uk / theguardian.com / facebook.com
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