Reflexão: Após o brilhante oitavo posto alcançado na pretérita edição da Barclays Premier League, o Southampton FC aparece com modificações significativas para a época 2014/15. O lote formado por Calum Chambers, Dejan Lovren, Luke Shaw, Adam Lallana e Rickie Lambert rendeu cerca de cento e vinte milhões de euros aos cofres dos "saints", enquanto Mauricio Pochettino abandonou o comando técnico da formação encarnada para ingressar no Tottenham Hotspur FC. Para o seu lugar chegou Ronald Koeman, conceituado técnico holandês que conta com uma passagem pelo SL Benfica. De resto, o ex-treinador do Feyenoord veio para o St. Mary's Stadium acompanhado do ponta-de-lança de vinte e nove anos Graziano Pellè (custou uma verba a rondar os dez milhões de euros). O transalpino (tem contrato válido até 2017), juntamente com Shane Long e o regressado Emmanuel Mayuka, tentará ao longo do presente exercício esquecer a enorme falta que Lambert certamente fará (pelo menos ao nível da finalização). Para já a conjuntura é perfeitamente favorável: Pellè leva cinco golos e duas assistências em oito jogos (distribuídos pela Barclays Premier League e Capital One Cup) e tem guiado os "saints" a um excelente arranque de temporada (o melhor do clube desde a longínqua época 1983/84).
Pellè iniciou a carreira ao serviço do US Lecce. Nos quatro anos de ligação ao clube da sua cidade-natal o jogador passou por três empréstimos (Catania Calcio, FC Crotone e AC Cesena). Em 2007 abraçou a primeira experiência no estrangeiro ao assinar pelo AZ Alkmaar. Pelos holandeses conquistou uma liga e uma supertaça, os únicos títulos que constam no seu currículo. No entanto, somou apenas dezasseis golos em noventa e quatro presenças, regressando no final de 2010/11 à Serie A. Pellè seguiu então para o Parma FC, realizando a primeira metade da temporada 2011/12 ao serviço do clube "gialloblù". Em janeiro de 2012 foi cedido por empréstimo à UC Sampdoria, auxiliando o conjunto de Génova a subir ao escalão máximo do futebol italiano.
Nos dois últimos anos Graziano constituiu a principal referência ofensiva do Feyenoord. Apesar de não ter conquistado nenhum troféu, o italiano contribuiu bastante para as boas campanhas protagonizadas pela turma de Koeman na primeira liga holandesa (foi por duas ocasiões o segundo melhor marcador) e para a recuperação desportiva de um clube histórico que se encontrava no abismo. Como tal, deixou imensas saudades aos adeptos que fazem do De Kuip um estádio temível para qualquer adversário. Em sessenta e seis presenças (englobando Eredivisie, KNVB-beker e UEFA Europa League) Pellè registou cinquenta e cinco tentos e quinze assistências. Números que atestam as qualidades de um ponta-de-lança que revitalizou a sua carreira em solo holandês. Olhar para Graziano Pellè é um caso bastante sério. É daqueles jogadores que apresenta pouca qualidade técnica e velocidade e em certos momentos do jogo acaba por passar despercebido. Ainda assim, trata-se de um ponta-de-lança com extremo faro pelo golo. Faz da elevada estatura (193 cm) e da envergadura física (86 kg) "armas" para ganhar os duelos aéreos que trava com defesas contrários e impor o seu fortíssimo jogo de costas para a baliza. Exímio na criação de oportunidades de golo para os seus companheiros, Pellè apresenta argumentos na receção e controlo do esférico, facilidade de remate com os dois pés (boa meia distância) e muita agilidade (um aspeto que lhe permite concretizar golos semelhantes ao do passado fim-de-semana). Raramente costuma perdoar no jogo aéreo. Luta por cada lance com grande bravura, determinação e concentração, acreditando sempre num erro do adversário. Este tipo de jogadores são assim: não são craques puros mas são inteligentes ao ponto de se posicionarem entre os centrais contrários (aproveitando para explorar os espaços vazios através de desmarcações) e mostrarem frieza no momento de introduzir a bola nas redes da baliza adversária. Antonio Conte que esteja atento!
Jovem Promessa: José Luis Gayá Peña. Nascido a vinte e cinco de maio de 1995 em Pedreguer (município localizado na província de Alicante) este jovem de dezanove primaveras tem despontado sob o comando de Nuno Espírito Santo na equipa principal do Valencia CF. Formado no clube "che", Gayá debutou no escalão sénior a trinta de outubro de 2012 numa vitória por 2-0 sobre o UE Llagostera referente à quarta ronda da Copa del Rey. De resto, na temporada 2012/13 o lateral esquerdo disputou dezoito partidas com o Valencia CF Mestalla (a equipa B) para o grupo III da Segunda División B. A época passada ficou marcada pela estreia de José Luis na Liga BBVA (em abril do presente ano civil, numa derrota pela margem mínima frente ao Club Atlético de Madrid). Adicionalmente juntou vinte e seis presenças (e dois golos) com a equipa secundária à estreia na UEFA Europa League. No plano internacional, Gayá tem sido opção ocasional desde os U17. Com as seleções jovens de "La Roja" esteve presente em dois grandes eventos: no Campeonato do Mundo U20 2013 (fez um único jogo e a seleção espanhola acabou eliminada nos quartos-de-final pela congénere uruguaia) e no Campeonato da Europa U19 2013 (contabilizou três presenças e um assistência). Recentemente estreou-se no escalão U21 e, caso a Espanha elimine a Sérvia no play-off, poderá constituir uma das apostas de Albert Celades para a fase final do Europeu U21 que se realizará na República Checa em 2015. José Luis Gayá é extremo esquerdo de raiz, embora ultimamente se tenha fixado como lateral. Canhoto (apesar de ser igualmente competente com o pé contrário) e de baixa estatura (171 cm), apresenta bastante propensão para se incorporar nas jogadas ofensivas do seu conjunto e oferecer profundidade. Agressivo, gosta de imprimir velocidade no jogo e dispõe de resistência física suficiente para suportar constantes vaivéns ao longo de uma partida. É sabido a carência de laterais esquerdos acima da média no futebol moderno. O Valencia CF tem ao longo dos últimos anos contrariado essa tendência, transformando extremos de origem em laterais de grande valia técnica. Veja-se os casos de Jordi Alba (transferiu-se em 2012 para o FC Barcelona) e Juan Bernat (assinou no último defeso pelo FC Bayern Münich). José Gayá seguirá naturalmente os mesmos passos dos seus compatriotas, dando continuidade a uma estratégia que permite simultaneamente rechear os cofres do clube "che" e reaproveitar recursos através da sua deslocação para outras posições. Nuno Espírito Santo terá a missão de no futuro a curto/médio prazo auxiliar a potenciar o talento de Gayá (sobretudo melhorar os seus comportamentos defensivos com e sem bola). Até ao momento a época de afirmação do jogador espanhol tem superado as melhores perspetivas: esteve presente nas seis jornadas iniciais da Liga BBVA e apontou um belíssimo golo ao Córdoba CF.
Facto: Lionel Messi escreveu mais uma página brilhante na sua brilhante carreira futebolística. Com os dois golos apontados no passado sábado frente ao Granada CF o craque argentino superou a marca dos quatrocentos golos apontados (trezentos e cinquenta e nove pelo FC Barcelona e quarenta e dois pela seleção da Argentina). O primeiro foi apontado de cabeça, algo que já não sucedia há praticamente um ano (aquando de uma vitória por 4-1 sobre a Real Sociedad). Com duzentos e quarenta e oito golos apontados até ao momento na Liga BBVA, "La Pulga" está apenas a três tentos de igualar Zarra, o máximo goleador do campeonato espanhol.
Pellè iniciou a carreira ao serviço do US Lecce. Nos quatro anos de ligação ao clube da sua cidade-natal o jogador passou por três empréstimos (Catania Calcio, FC Crotone e AC Cesena). Em 2007 abraçou a primeira experiência no estrangeiro ao assinar pelo AZ Alkmaar. Pelos holandeses conquistou uma liga e uma supertaça, os únicos títulos que constam no seu currículo. No entanto, somou apenas dezasseis golos em noventa e quatro presenças, regressando no final de 2010/11 à Serie A. Pellè seguiu então para o Parma FC, realizando a primeira metade da temporada 2011/12 ao serviço do clube "gialloblù". Em janeiro de 2012 foi cedido por empréstimo à UC Sampdoria, auxiliando o conjunto de Génova a subir ao escalão máximo do futebol italiano.
Nos dois últimos anos Graziano constituiu a principal referência ofensiva do Feyenoord. Apesar de não ter conquistado nenhum troféu, o italiano contribuiu bastante para as boas campanhas protagonizadas pela turma de Koeman na primeira liga holandesa (foi por duas ocasiões o segundo melhor marcador) e para a recuperação desportiva de um clube histórico que se encontrava no abismo. Como tal, deixou imensas saudades aos adeptos que fazem do De Kuip um estádio temível para qualquer adversário. Em sessenta e seis presenças (englobando Eredivisie, KNVB-beker e UEFA Europa League) Pellè registou cinquenta e cinco tentos e quinze assistências. Números que atestam as qualidades de um ponta-de-lança que revitalizou a sua carreira em solo holandês. Olhar para Graziano Pellè é um caso bastante sério. É daqueles jogadores que apresenta pouca qualidade técnica e velocidade e em certos momentos do jogo acaba por passar despercebido. Ainda assim, trata-se de um ponta-de-lança com extremo faro pelo golo. Faz da elevada estatura (193 cm) e da envergadura física (86 kg) "armas" para ganhar os duelos aéreos que trava com defesas contrários e impor o seu fortíssimo jogo de costas para a baliza. Exímio na criação de oportunidades de golo para os seus companheiros, Pellè apresenta argumentos na receção e controlo do esférico, facilidade de remate com os dois pés (boa meia distância) e muita agilidade (um aspeto que lhe permite concretizar golos semelhantes ao do passado fim-de-semana). Raramente costuma perdoar no jogo aéreo. Luta por cada lance com grande bravura, determinação e concentração, acreditando sempre num erro do adversário. Este tipo de jogadores são assim: não são craques puros mas são inteligentes ao ponto de se posicionarem entre os centrais contrários (aproveitando para explorar os espaços vazios através de desmarcações) e mostrarem frieza no momento de introduzir a bola nas redes da baliza adversária. Antonio Conte que esteja atento!
Jovem Promessa: José Luis Gayá Peña. Nascido a vinte e cinco de maio de 1995 em Pedreguer (município localizado na província de Alicante) este jovem de dezanove primaveras tem despontado sob o comando de Nuno Espírito Santo na equipa principal do Valencia CF. Formado no clube "che", Gayá debutou no escalão sénior a trinta de outubro de 2012 numa vitória por 2-0 sobre o UE Llagostera referente à quarta ronda da Copa del Rey. De resto, na temporada 2012/13 o lateral esquerdo disputou dezoito partidas com o Valencia CF Mestalla (a equipa B) para o grupo III da Segunda División B. A época passada ficou marcada pela estreia de José Luis na Liga BBVA (em abril do presente ano civil, numa derrota pela margem mínima frente ao Club Atlético de Madrid). Adicionalmente juntou vinte e seis presenças (e dois golos) com a equipa secundária à estreia na UEFA Europa League. No plano internacional, Gayá tem sido opção ocasional desde os U17. Com as seleções jovens de "La Roja" esteve presente em dois grandes eventos: no Campeonato do Mundo U20 2013 (fez um único jogo e a seleção espanhola acabou eliminada nos quartos-de-final pela congénere uruguaia) e no Campeonato da Europa U19 2013 (contabilizou três presenças e um assistência). Recentemente estreou-se no escalão U21 e, caso a Espanha elimine a Sérvia no play-off, poderá constituir uma das apostas de Albert Celades para a fase final do Europeu U21 que se realizará na República Checa em 2015. José Luis Gayá é extremo esquerdo de raiz, embora ultimamente se tenha fixado como lateral. Canhoto (apesar de ser igualmente competente com o pé contrário) e de baixa estatura (171 cm), apresenta bastante propensão para se incorporar nas jogadas ofensivas do seu conjunto e oferecer profundidade. Agressivo, gosta de imprimir velocidade no jogo e dispõe de resistência física suficiente para suportar constantes vaivéns ao longo de uma partida. É sabido a carência de laterais esquerdos acima da média no futebol moderno. O Valencia CF tem ao longo dos últimos anos contrariado essa tendência, transformando extremos de origem em laterais de grande valia técnica. Veja-se os casos de Jordi Alba (transferiu-se em 2012 para o FC Barcelona) e Juan Bernat (assinou no último defeso pelo FC Bayern Münich). José Gayá seguirá naturalmente os mesmos passos dos seus compatriotas, dando continuidade a uma estratégia que permite simultaneamente rechear os cofres do clube "che" e reaproveitar recursos através da sua deslocação para outras posições. Nuno Espírito Santo terá a missão de no futuro a curto/médio prazo auxiliar a potenciar o talento de Gayá (sobretudo melhorar os seus comportamentos defensivos com e sem bola). Até ao momento a época de afirmação do jogador espanhol tem superado as melhores perspetivas: esteve presente nas seis jornadas iniciais da Liga BBVA e apontou um belíssimo golo ao Córdoba CF.
Facto: Lionel Messi escreveu mais uma página brilhante na sua brilhante carreira futebolística. Com os dois golos apontados no passado sábado frente ao Granada CF o craque argentino superou a marca dos quatrocentos golos apontados (trezentos e cinquenta e nove pelo FC Barcelona e quarenta e dois pela seleção da Argentina). O primeiro foi apontado de cabeça, algo que já não sucedia há praticamente um ano (aquando de uma vitória por 4-1 sobre a Real Sociedad). Com duzentos e quarenta e oito golos apontados até ao momento na Liga BBVA, "La Pulga" está apenas a três tentos de igualar Zarra, o máximo goleador do campeonato espanhol.
Equipa da Semana (4-3-3): Roman Bürki (SC Freiburg); Rafael (Manchester United FC), Miranda (Club Atlético de Madrid), Jan-Ingwer Callsen-Bracker (FC Augsburg) e Ricardo Rodríguez (VfL Wolfsburg); Davy Klaassen (AFC Ajax), Albin Ekdal (Cagliari Calcio) e Graham Dorrans (West Bromwich Albion FC); Lionel Messi (FC Barcelona), Carlos Tévez (Juventus FC) e Leo Baptistão (Rayo Vallecano)
Frase: «Pela primeira vez, estou pré-convocado. Não é definitivo, mas é um primeiro passo. Mostra que o mister está atento e isso deixa-me satisfeito. As coisas continuam a correr-me bem, a mim e à minha equipa, e vou continuar a trabalhar e a dar o máximo para ajudar a equipa porque só assim tenho hipótese» - José Fonte, defesa-central do Southampton FC, sobre a sua entrada na lista de pré-convocados do selecionador nacional Fernando Santos para o duplo-compromisso com França e Dinamarca.
Artigo escrito por: Ricardo Ferreira
Imagens: trivela.uol.com.br / en.valenciacf.com
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