Fundado
em 23 de Agosto de 1924, o AS Monaco FC contou com talentos de renome
internacional ao longo dos seus noventa e um anos de existência. São exemplos
disso o guarda-redes Fabien Barthez, os defesas Lilian Thuram, Patrick
Battiston e Patrice Evra, os médios Ludovic Giuly, Emmanuel Petit e
Yaya Touré e os avançados David Trezeguet, Thierry Henry, George Weah
e Delio Onnis. Ou até jogadores que já deixaram a sua marca no
futebol português, como Costinha, Gil Rui Barros, João Moutinho, James
Rodríguez, Javier Saviola ou Radamel Falcao.
A equipa do principado do Mónaco conta com dezassete títulos oficiais no seu palmarés, dos quais se destaca os sete campeonatos franceses (o pretérito foi alcançado em 1999/2000). Importa frisar ainda que os monegascos já atingiram duas finais europeias. Em 1991/92 perderam a UEFA Cup Winners' Cup por 2-0 frente ao SV Werder Bremen. Mais recentemente caíram aos pés do FC Porto (3-0), no derradeiro desafio da edição 2003/04 da UEFA Champions League.
Ainda assim, ao recuar algumas temporadas, observa-se momentos de menor fulgor por parte dos Les Rouges et Blancs no segundo escalão do futebol gaulês. Para a ultrapassagem deste período muito contribuiu a chegada de Dmitry Rybolovlev, um bilionário russo que viria a tornar-se o novo acionista maioritário do clube, passando a deter 66,67% das ações do conjunto do principado.
Do investimento descontrolado ao desinvestimento
Após a subida à Ligue 1 (setenta e seis pontos em trinta e oito encontros), Rybolovlev não olhou a meios para consolidar o regresso de um dos principais clubes franceses à ribalta. Foram investidos cerca de 178 milhões de euros em contratações, destacando-se os nomes de João Moutinho, James Rodríguez ou Radamel Falcao, todos eles provenientes do FC Porto, para além de Geoffrey Kondogbia (ver perfil detalhado aqui). O projeto foi rendendo progressivamente os seus frutos. Em ano de regresso à elite do futebol francês, a turma então orientada por Claudio Ranieri quedou-se a nove pontos do campeão PSG, assumindo o regresso à liga milionária. Chegou ainda às meias finais da Coupe de France, tendo perdido 3-1 com o EA Guingamp.
Para a presente temporada, o magnata russo foi buscar Leonardo Jardim, que protagonizara uma interessante campanha com o Sporting CP. Mas a vinda do madeirense coincidiu com a tomada de decisões que indiciavam a falência do projeto-cópia do PSG. James (Real Madrid CF) e Falcao (Manchester United FC) deixaram o Stade Louis II, numa clara política de desinvestimento, para fornecer o espaço adequado para a evolução de talentos jovens. Ora, isso dificultou a tarefa de Jardim, que passou a ter como objetivo a mera luta pelos lugares europeus.
Desempenho de Leonardo Jardim
Atendendo à menor valia individual do plantel, quando comparado o desempenho no ano passado, só se poderá fazer elogios à prestação do treinador luso até ao momento. Senão vejamos. O ano passado por esta altura, com trinta e dois jogos, a equipa somava sessenta e seis pontos e encontrava-se no segundo lugar da tabela classificativa. Um ano volvido, com o desinvestimento pelo meio, as diferenças não são assim tão colossais. Com o mesmo número de jogos contabiliza cinquenta e oito pontos, posicionando-se no terceiro posto. Ao analisar estes números, existe um fator muito importante que não se pode dissociar de uma época para a outra: o fator das competições europeias. Enquanto Jardim , fruto da enorme carga, tem implicações ao nível da gestão de um plantel que ele próprio já admitiu não ser vasto, a equipa do ano passado gastava todas as suas energias na meta de atingir o topo da Ligue 1.
Apesar das comparações entre 2013/14 e 2014/15 tenderem favoravelmente para o exercício transato, há um fator estatístico em que a equipa deste ano é melhor: nos menos golos sofridos. Os Les Rouges et Blancs sofreram até ao momento vinte e dois golos, ao passo que no ano passado encaixavam vinte e sete tentos. Paralelamente, na liga milionária foram a equipa que menos golos consentiu na fase de grupos. Perante estes dados, torna-se claro que o segredo desta equipa passa pela solidez defensiva, consentido poucas oportunidades aos adversários e tendo sempre em mente a organização e estabilidade da mesma.
Aproxima-se uma importante eliminatória com a Juventus FC, relativa aos quartos-de-final da UEFA Champions League. Ponto prévio: a qualidade individual dos italianos é incomensuravelmente superior. Porém, o AS Monaco FC tem surpreendido tudo e todos, deixando pelo caminho equipas como SL Benfica, FC Zenit St. Petersburg e Arsenal FC.
A equipa do principado do Mónaco conta com dezassete títulos oficiais no seu palmarés, dos quais se destaca os sete campeonatos franceses (o pretérito foi alcançado em 1999/2000). Importa frisar ainda que os monegascos já atingiram duas finais europeias. Em 1991/92 perderam a UEFA Cup Winners' Cup por 2-0 frente ao SV Werder Bremen. Mais recentemente caíram aos pés do FC Porto (3-0), no derradeiro desafio da edição 2003/04 da UEFA Champions League.
Ainda assim, ao recuar algumas temporadas, observa-se momentos de menor fulgor por parte dos Les Rouges et Blancs no segundo escalão do futebol gaulês. Para a ultrapassagem deste período muito contribuiu a chegada de Dmitry Rybolovlev, um bilionário russo que viria a tornar-se o novo acionista maioritário do clube, passando a deter 66,67% das ações do conjunto do principado.
Do investimento descontrolado ao desinvestimento
Após a subida à Ligue 1 (setenta e seis pontos em trinta e oito encontros), Rybolovlev não olhou a meios para consolidar o regresso de um dos principais clubes franceses à ribalta. Foram investidos cerca de 178 milhões de euros em contratações, destacando-se os nomes de João Moutinho, James Rodríguez ou Radamel Falcao, todos eles provenientes do FC Porto, para além de Geoffrey Kondogbia (ver perfil detalhado aqui). O projeto foi rendendo progressivamente os seus frutos. Em ano de regresso à elite do futebol francês, a turma então orientada por Claudio Ranieri quedou-se a nove pontos do campeão PSG, assumindo o regresso à liga milionária. Chegou ainda às meias finais da Coupe de France, tendo perdido 3-1 com o EA Guingamp.
Para a presente temporada, o magnata russo foi buscar Leonardo Jardim, que protagonizara uma interessante campanha com o Sporting CP. Mas a vinda do madeirense coincidiu com a tomada de decisões que indiciavam a falência do projeto-cópia do PSG. James (Real Madrid CF) e Falcao (Manchester United FC) deixaram o Stade Louis II, numa clara política de desinvestimento, para fornecer o espaço adequado para a evolução de talentos jovens. Ora, isso dificultou a tarefa de Jardim, que passou a ter como objetivo a mera luta pelos lugares europeus.
Desempenho de Leonardo Jardim
Atendendo à menor valia individual do plantel, quando comparado o desempenho no ano passado, só se poderá fazer elogios à prestação do treinador luso até ao momento. Senão vejamos. O ano passado por esta altura, com trinta e dois jogos, a equipa somava sessenta e seis pontos e encontrava-se no segundo lugar da tabela classificativa. Um ano volvido, com o desinvestimento pelo meio, as diferenças não são assim tão colossais. Com o mesmo número de jogos contabiliza cinquenta e oito pontos, posicionando-se no terceiro posto. Ao analisar estes números, existe um fator muito importante que não se pode dissociar de uma época para a outra: o fator das competições europeias. Enquanto Jardim , fruto da enorme carga, tem implicações ao nível da gestão de um plantel que ele próprio já admitiu não ser vasto, a equipa do ano passado gastava todas as suas energias na meta de atingir o topo da Ligue 1.
Apesar das comparações entre 2013/14 e 2014/15 tenderem favoravelmente para o exercício transato, há um fator estatístico em que a equipa deste ano é melhor: nos menos golos sofridos. Os Les Rouges et Blancs sofreram até ao momento vinte e dois golos, ao passo que no ano passado encaixavam vinte e sete tentos. Paralelamente, na liga milionária foram a equipa que menos golos consentiu na fase de grupos. Perante estes dados, torna-se claro que o segredo desta equipa passa pela solidez defensiva, consentido poucas oportunidades aos adversários e tendo sempre em mente a organização e estabilidade da mesma.
Aproxima-se uma importante eliminatória com a Juventus FC, relativa aos quartos-de-final da UEFA Champions League. Ponto prévio: a qualidade individual dos italianos é incomensuravelmente superior. Porém, o AS Monaco FC tem surpreendido tudo e todos, deixando pelo caminho equipas como SL Benfica, FC Zenit St. Petersburg e Arsenal FC.
Por José Correia
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