14 de abril de 2014

Mundial 2014: Grupo C

Calendário de Jogos:

Jornada 1: 14 de junho
Colômbia vs Grécia (13h00 - Belo Horizonte)
Costa do Marfim vs Japão (22h00 - Recife)

Jornada 2: 19 de junho
Colômbia vs Costa do Marfim (13h00 - Brasília)
Japão vs Grécia (19h00 - Natal)

Jornada 3: 24 de junho
Japão vs Colômbia (16h00 - Cuiabá)
Grécia vs Costa do Marfim (17h00 - Fortaleza)

Nota: os horários apresentados correspondem ao horário do início das partidas nas diferentes cidades brasileiras.

Análise das Seleções:

Colômbia: Nome: Federación Colombiana de Fútbol
Confederação: CONMEBOL (América do Sul)
Participações em Campeonatos do Mundo: 4 (1962, 1990, 1994 e 1998)
Melhor Classificação: oitavos-de-final em 1990
Jogador com mais internacionalizações: Carlos Valderrama (111)
Jogador com mais golos: Arnoldo Iguarán (25)
Ranking FIFA/Coca-Cola: 4º (segundo a atualização de dez de abril)

A Colômbia está de regresso a um Campeonato do Mundo dezasseis anos depois. Para esse feito muito contribuiu a presença de um grupo dotado de alguma irreverência, mas também experiência. A qualificação para o torneio do Brasil foi bastante positiva e prometedora, uma vez que os cafeteros terminaram no segundo posto, apenas atrás da Argentina. Em dezasseis partidas somaram trinta pontos, contabilizando o terceiro melhor ataque e a melhor defesa da zona de qualificação sul-americana. De notar que foram dois os técnicos a comandar este país durante o apuramento: Leonel Álvarez (realizou os primeiros três jogos) e José Pékerman. O sorteio para a fase final do Mundial 2014 foi bastante simpático pois espera-se que os colombianos ultrapassem tranquilamente a fase de grupos, ainda que o equilíbrio seja nota dominante no grupo C. Apesar de todas as expetativas geradas em torno da turma orientada por José Pékerman, a Colômbia vive dias de incerteza devido à lesão de Radamel Falcao. Os últimos sinais parecem revelar boas novas quanto à presença do avançado do AS Monaco FC no Mundial 2014. Mas nada está garantido a sensivelmente dois meses do início do torneio. 

A estrela da companhia: Nome: Juan Guillermo Cuadrado Bello
Data de Nascimento: vinte e seis de maio de 1988 (25 anos)
Naturalidade: Neccolí, Colômbia 
Internacionalizações (Golos): 27 (3)
Carreira: CD Independiente Medellín (2008-2009), Udinese Calcio (2009-2013), US Lecce (2011-2012) e ACF Fiorentina (desde 2012)
Títulos: nada a registar

Constituindo-se como uma das grandes referências da ACF Fiorentina, Juan Cuadrado tem vindo a evoluir em larga escala nestes últimos meses pela formação do Artemio Franchi. Destro, Cuadrado destaca-se pelo ritmo que empresta à equipa, visível através de muita velocidade e um bom poder de aceleração. Dotado tecnicamente, o colombiano é bastante ágil e polivalente, já que pode jogar em todas as posições do corredor direito, podendo igualmente dar uma ajuda na faixa oposta ou no papel de médio interior. Considerado pela maior parte da crítica como o melhor lateral direito da pretérita Serie A, Cuadrado é um jogador que apresenta grande propensão ofensiva, boa capacidade física e muita resistênciaA cumprir a quinta época em Itália, Cuadrado tem sido cobiçado por emblemas como Arsenal FC, FC Barcelona, FC Bayern Münich e Juventus FC. Na provável ausência de Radamel Falcao, Juan Guillermo Cuadrado tem tudo para ser, a par de James Rodríguez, uma das grandes atrações da seleção cafetera no Mundial 2014. Depois do certame no Brasil certamente irá dar o "salto".

Treinador: depois de um largo percurso à frente de vários escalões da Argentina e de uma passagem pelo campeonato mexicano, José Pékerman está desde 2012 à frente do comando técnico da seleção colombiana. De nacionalidade argentina, mas com ascendência israelita, Pékerman conseguiu que os cafeteros regressassem a um Campeonato do Mundo dezasseis anos depois. Para já, leva no seu currículo um tricampeonato com a seleção U20 argentina, dois Campeonatos Sudamericanos U20, um segundo lugar na Taça das Confederações 2005 e uma chegada até aos quartos-de-final do Mundial 2006. Pékerman costuma ter uma relação bastante saudável com jogadores e imprensa, querendo sempre extrair o melhor de cada executante em prol do coletivo. Recorrendo ao 4-4-2 como modelo preferencial, o treinador de sessenta e quatro anos aposta na largura oferecida pelos laterais, na capacidade para sair a jogar de Guarín, no rigor tático de Carlos Sánchez, nos desequilíbrios criados por James Rodríguez e na diversidade de pontas de lança que tem à sua disposição. O setor defensivo constitui o ponto mais débil do conjunto amarelo, sobretudo quando exposto a transições rápidas do adversário. 

Lista de selecionáveis: Guarda redes: David Ospina (OGC Nice), Faryd Mondrágon (Asociación Deportivo Cali) e Camilo Vargas (Santa Fe CD)

Defesas: Juan Camilo Zúñiga (SSC Napoli), Santiago Arias (PSV Eindhoven), Luis Perea (CDSC Cruz Azul), Mario Yepes (Atalanta BC), Carlos Valdés (San Lorenzo), Éder Álvarez Balanta (CA River Plate), Cristián Zapata (AC Milan), Stefan Medina (CDC Atlético Nacional) e Pablo Armero (SSC Napoli)

Médios: James Rodríguez (AS Monaco FC), Juan Guillermo Cuadrado (ACF Fiorentina), Alexander Mejía (CDC Atlético Nacional), Carlos Sánchez (Elche CF), Abel Aguilar (Toulouse FC), Edwin Valencia (Fluminense FC), Fredy Guarín (FC Internazionale Milano), Aldo Leao Ramírez (MA Morelia), Macnelly Torres (Al-Shabab) e Juan Fernando Quintero (FC Porto)

Avançados: Radamel Falcao (AS Monaco FC), Jackson Martínez (FC Porto), Teófilo Gutiérrez (CA River Plate), Carlos Bacca (Sevilla CF), Luis Fernando Muriel (Udinese Calcio), Victor Ibarbo (Cagliari Calcio) e Adrián Ramos (Hertha BSC Berlin)


Grécia: Nome: Hellenic Football Federation
Confederação: UEFA (Europa)
Participações em Campeonatos do Mundo: 2 (1994 e 2010)
Melhor Classificação: fase de grupos em 1994 e 2010
Jogador com mais internacionalizações: Giorgos Karagounis (132)
Jogador com mais golos: Nikos Anastopoulos (29)
Ranking FIFA/Coca-Cola: 10º (segundo a atualização de dez de abril)

Depois de duas campanhas nas quais nunca foi ultrapassada a fase de grupos, a Grécia chega ao Mundial 2014 com ambições de superar um trauma que tem sido recorrente. Depois de um Campeonato da Europa interessante (os gregos foram eliminados pela Alemanha nos quartos-de-final), o conjunto de Fernando Santos teve uma qualificação que quase garantiu o apuramento direto para o Brasil, não fosse a derrota na diferença de golos para a Bósnia e Herzegovina. Ambos os países somaram vinte e cinco pontos no grupo G da zona europeia, repartidos por oito vitórias, um empate e uma derrota. Um dado curioso é que os gregos apenas concretizaram doze golos, tendo mantido a sua baliza inviolável em oito partidas e sofrido quatro golos (só a Espanha é que superou nesta última estatística). Esta será a quarta vez consecutiva que a Grécia participará numa grande competição (Europeu ou Mundial). Desde a sua chegada, Fernando Santos tem apostado na formação de um conjunto unido, extremamente solidário e perspicaz na gestão de vantagens no marcador. Apesar de haver alguma falta de criatividade na zona intermédia, os gregos transformaram lentamente o seu futebol cínico e extremamente defensivo num estilo mais atrativo. Veremos se este será um condimento suficiente para uma boa prestação em solo brasileiro. 

A estrela da companhia: Nome: Konstantinos Mitroglou
Data de Nascimento: doze de março de 1988 (26 anos)
Naturalidade: Kavala, Grécia 
Internacionalizações (Golos): 29 (8)
Carreira: Borussia Monchengladbach II (2006-2007), Olympiacos FC (2007-2014), PAE Panionios GSS (2011), Atromitos FC (2011-2012) e Fulham FC (desde 2014)
Títulos: Super Cup (2007), 5 Ethniki Katigoria (2007/08, 2008/09, 2010/11, 2012/13 e 2013/14) e 3 Greece Cup (2007/08, 2008/09 e 2012/13)

   De descendência germânica, Konstantinos Mitroglou atua na posição de ponta-de-lança, sendo a principal referência ofensiva da seleção helénica. Canhoto e portentoso sob o ponto de vista físico, o grego destaca-se sobretudo pela sua tremenda eficácia, tanto com o pé como de cabeça. Inteligente nas desmarcações e dotado de um remate forte, Mitroglou afirmou-se apenas no último ano (mais concretamente na segunda metade) depois de empréstimos a equipas pertencentes à classe intermédia do futebol helénico. Um arranque espetacular em 2013/14 (vincado sobretudo pelas excelentes exibições na UEFA Champions League) fez ganhar mercado e, com isso, a mudança para o futebol inglês. No entanto, a verdade é que Mitroglou não tem tido muitas oportunidades no Fulham FC (esteve lesionado durante algumas semanas). Com o seu regresso aos relvados para breve, Felix Magath irá apostar no avançado de modo a salvar o Fulham FC da descida de divisão.

Treinador: com cinquenta e nove anos, Fernando Santos tem uma carreira recheada enquanto treinador. O engenheiro natural de Lisboa já passou pelos três grandes do futebol português, tal como AEK Athens, Panathinaikos AO e PAOK FC, antes de chegar ao comando da seleção helénica logo após o Mundial 2010. Em sensivelmente quatro anos fez um trabalho bastante positivo, culminando na chegada aos quartos-de-final do Europeu 2012 e no apuramento para a fase final do Mundial 2014. Para além disso, foi eleito no pretérito ano civil como o treinador do ano na Grécia. Passar a primeira fase será já um feito inédito (mas perfeitamente alcançável), uma vez que nas duas anteriores participações, a Grécia quedou-se pela fase de grupos. Caberá ao timoneiro luso formatar um onze baseado num 4-3-3, com uma forte solidez defensiva e um meio-campo de combate e disciplinado taticamente. Em termos de transição ofensiva, a Grécia tenta aproveitar a mobilidade e o sentido de desmarcação dos seus homens mais avançados. Depois do Mundial 2014, é sabido que Fernando Santos deixará o seu atual cargo. A necessidade de trabalhar diariamente falou mais alto. Mesmo que em terras helénicas seja mais amado do que Otto Rehhagel, o técnico responsável pela inesperada vitória no Europeu 2004. 

Lista de selecionáveis: Guarda redes: Orestis Karnezis (Granada CF), Michalis Sifakis (Atromitos FC), Stefanos Kapino (Panathinaikos AO), Alexandros Tzorvas (GS Apollon Smyrnis) e Panagiotis Glykos (PAOK FC)


Defesas: Vasilis Torosidis (AS Roma), Loukas Vyntra (Levante UD), Sokratis Papastathopoulos (Borussia Dortmund), Konstantinos Manolas (Olympiacos FC),  Kyriakos Papadopoulos (FC Schalke 04), Avraam Papadopoulos (Olympiacos FC), Dimitrios Siovas (Olympiacos FC), Giorgos Tzavelas (PAOK FC) e José Holebas (Olympiacos FC)

Médios: Giannis Maniatis (Olympiacos FC), Alexandros Tziolis (Kayserispor), Konstantinos Katsouranis (PAOK FC), Panagiotis Tachtsidis (Torino FC), Giorgos Karagounis (Fulham FC), Panagiotis Kone (Bologna FC), Andreas Samaris (Olympiacos FC), Sotiris Ninis (PAOK FC), Ioannis Fetfatzidis (Genoa CFC), Konstantinos Fortounis (1. FC Kaiserslautern), Charis Mavrias (Sunderland AFC) e Lazaros 
Christodoulopoulos (Bologna FC)

Avançados: Georgios Samaras (Celtic FC), Konstantinos Mitroglou (Fulham FC), Dimitris Salpingidis (PAOK FC), 
Theofanis Gekas (Konyaspor Kulübü), Stefanos Athanasiadis (PAOK FC) e Dimitrios Papadopoulos (Atromitos FC)


Costa do Marfim: Nome: Fédération Ivoirienne de Football
Confederação: CAF (África)
Participações em Campeonatos do Mundo: 2 (2006 e 2010)
Melhor Classificação: fase de grupos em 2006 e 2010
Jogador com mais internacionalizações: Didier Zokora (118)
Jogador com mais golos: Didier Drogba (63)
Ranking FIFA/Coca-Cola: 21º (segundo a atualização de dez de abril)

   Numa das últimas oportunidades da sua geração de ouro, a Costa do Marfim tentará atingir pelo menos os oitavos-de-final, algo que nunca foi alcançado nas duas participações em Campeonatos do Mundo (principalmente pela elevada dificuldade nos grupos em que esteve presente). O percurso na Taça das Nações Africanas tem resultado em insucesso na última década, destacando-se apenas as finais alcançadas em 2006 e 2012. Por estes motivos, é quase imperativo no seio do povo costa-marfinense que a seleção orientada por Lamouchi (um técnico muito contestado) avance na competição até às eliminatórias finais.

   Apesar de uma campanha bastante abaixo das expetativas na CAN 2013, a qualificação para o Mundial 2014 decorreu sem problemas de maior. Os Les Éléphantes não sofreram qualquer derrota e concluíram o seu apuramento com uma vitória por 4-2 no play-off a duas mãos frente ao Senegal. Um resultado que permitiu manter o atual selecionador até à fase final do Mundial 2014. O sorteio foi favorável às pretensões dos africanos, mas a confiança desmedida que depositam a poucas semanas do início da contenda poderá ser um fator negativo a entrar em jogo. Qualidade e um leque diversificado de opções são pontos que fortificam a Costa do Marfim. O problema é que nas grandes competições o conjunto prende-se muito com questões de índole psicológica, que costumam ser fatais no desempenho desportivo.

A estrela da companhia: Nome: Didier Yves Drogba Tébily
Data de Nascimento: onze de março de 1978 (36 anos)
Naturalidade: Abidjan, Costa do Marfim 
Internacionalizações (Golos): 99 (63)
Carreira: Levallois SC (1996-1997), Le Mans FC (1998-2002), EA Guingamp (2002-2003), Olympique de Marseille (2003-2004), Chelsea FC (2004-2012), Shanghai Greenland FC (2012-2013) e Galatasaray SK (desde 2013)
Títulos: 3 Barclays Premier League (2004/05, 2005/06 e 2009/10), 2 Capital One Cup (2004/05 e 2006/07), 2 Community Shield (2005 e 2009), 4 FA Cup (2006/07, 2008/09, 2009/10 e 2011/12), UEFA Champions League (2011/12), Spor Toto Super League (2012/13) e Super Cup (2013)

   Os anos passam, mas Didier Drogba parece conservar as qualidades que fizeram dele um dos pontas-de-lança mais temíveis do futebol europeu nos últimos anos. Destro (embora seja bastante eficiente com o pé contrário) e com um faro pelo golo bastante apurado, Drogba é uma constante ameaça para as defesas adversárias, sobretudo pelo seu portentoso cabeceamento e pela força e intensidade com que disputa cada lance. Exímio batedor de bolas paradas, Drogba gosta também de assistir os companheiros, para além de faturar por vezes golos vistosos. Pérola descoberta por José Mourinho no futebol gaulês, Didier Drogba rapidamente conquistou o seu espaço em Stamford Bridge, onde brilhou ao mais alto nível com as cores do Chelsea FC. Depois de vencer a liga milionária pelo clube londrino, contou com uma passagem curta pela China e um ingresso no futebol turco. No torneio do Brasil será ele e Yaya Touré a guiar uma seleção costa-marfinense que expõe muitos jogadores com a última oportunidade para brilhar internacionalmente nos grande palcos. 

Treinador: antigo internacional francês e de ascendência tunisina, Sabri Lamouchi está desde maio de 2012 à frente da Costa do Marfim. Técnico de quarenta e dois anos, a passagem de Lamouchi pelos Les Éléphants tem sido marcada por altos e baixos. A fraca participação na Taça das Nações Africanas 2013 (eliminados nos quartos-de-final pela futura campeã Nigéria) foi compensada por uma qualificação quase imaculada e na qual não houve lugar a facilitismos. Apreciador do 4-2-3-1 (embora por vezes transite para um 4-4-2 clássico), Lamouchi tem nas suas mãos um conjunto de jogadores com vasta experiência. A maior força da turma laranja reside no ataque, setor no qual existe uma larga variabilidade de opções e onde impera a velocidade, o poder de choque e alguma técnica. O meio-campo vive muitos dos movimentos de Yaya Touré, Romaric (um dos cinco melhores médios-centro da atualidade) e da capacidade física de Tioté. A defesa apresenta graves lacunas em termos de transição defensiva, bastante lentidão (sobretudo pelos centrais) e falhas de concentração que acabam por ser fatais em alta competição. O Mundial 2014 será um grande teste às capacidades deste treinador. Posicionada num grupo altamente equilibrado, a Costa do Marfim tem todas as condições para melhorar os resultados obtidos no passado. Caso contrário, as críticas e o descontentamento subirão ainda mais de tom, podendo levar à despedida imediata do seu timoneiro francês.

Lista de selecionáveis: Guarda redes: Boubacar Barry (KSC Lokeren), Sylvain Gbohouo (Séwé Sport de San Pédro) e Abdoul Cissé (Africa Sports National)

Defesas: Sèrge Aurier (Toulouse FC), Brice Djá Djédjé (Olympique de Marseille), Ousmane Viera (Çaikur Rizespor Kulübü), Kolo Touré (Liverpool FC), Benjamin Angoua (FC Valenciennes), Souleymane Bamba (Trabzonspor Kulübü), Siaka Tiéné (Montpellier Hérault SC) e Arthur Boka (VfB Stuttgart)

Médios: Didier Zokora (Trabzonspor Kulübü), Ismael Diomandé (AS Saint-Étienne), Serey Die (FC Basel 1893), Christian Romaric (SC Bastia), Cheick Tioté (Newcastle United FC), Yaya Touré (Manchester City FC), Jean-Jacques Gosso (Gençlerbirligi SK) e Abdul Razak (West Ham United FC)

Avançados: Gervinho (AS Roma), Didier Drogba (Galatasaray SK), Wilfried Bony (Swansea City AFC), Seydou Doumbia (PFC CSKA Moskva), Giovanni Sio (FC Basel 1893), Didier Ya Konan (Hannover 96), Lacina Traoré (Everton FC), Salomon Kalou (Lille OSC) e Max-Alain Gradel (AS Saint-Étienne)


Japão: Nome: Japan Football Association
Confederação: AFC (Ásia)
Participações em Campeonatos do Mundo: 4 (1998, 2002, 2006 e 2010)
Melhor Classificação: oitavos-de-final em 2002 e 2010
Jogador com mais internacionalizações: Yasuhito Endo (141)
Jogador com mais golos: Kunishige Kamamoto (80)
Ranking FIFA/Coca-Cola: 47º (segundo a atualização de dez de abril)

Depois de uma estreia fracassada em 1998, esta será a quinta presença consecutiva do Japão na fase final de um Campeonato do Mundo. Depois de sofrer uma clara evolução no início do presente século (muito por "culpa" da organização conjunta do Mundial 2002), o País do Sol Nascente viu o seu domínio na confederação asiática ser confirmado aquando dos triunfos na Taça das Nações Asiáticas 2011 (vitória por 3-1 sobre a Austrália na final) e no Campeonato do Este-Asiático 2013. 0 caminho para o Brasil compôs-se em duas etapas. Na primeira fase de grupos, os nipónicos ameaçaram complicar as suas próprias contas, acabando em segundo lugar no grupo C, atrás do Uzbequistão. Já na quarta ronda, a turma de Zaccheroni não facilitou e foi a primeira seleção (excluindo o anfitrião Brasil) a garantir o passaporte para o continente sul-americano no próximo verão. Okazaki sagrou-se o melhor marcador da zona asiática de qualificação, com oito golos apontados em catorze encontros. Logo após o apuramento, os samurais azuis desiludiram na antecâmara do Mundial 2014, perdendo os três duelos na Taça das Confederações. Algumas reservas foram apontadas ao trabalho do treinador italiano, dada a qualidade existente e a experiência adquirida por muitos elementos do plantel no continente europeu. Porém, Zaccheroni permaneceu no comando técnico, na esperança de garantir uma boa prestação em solo brasileiro e defender a Taça das Nações Asiáticas em 2015. A história afirma que apenas por duas ocasiões o Japão ultrapassou a fase de grupos, quedando-se pelos oitavos-de-final. Em 2014, a questão passa por saber se os nipónicos conseguem alcançar os resultados de 2002 e 2010, resistindo àquele que provavelmente é o grupo mais equilibrado de todos. 

A estrela da companhia: Nome: Keisuke Honda
Data de Nascimento: treze de junho de 1986 (27 anos)
Naturalidade: Osaka, Japão 
Internacionalizações (Golos): 53 (20)
Carreira: Nagoya Grampus (2004-2007), VVV-Venlo (2008-2010), PFC CSKA Moskva (2010-2013) e AC Milan (desde 2014)
Títulos: Jupiler League Eerste Divisie (2008/09), AFC Asian Cup (2011),  2 Taças da Rússia (2010/11 e 2012/13), Russian Premier-Liga (2012/13) e Super Cup (2013)

   Reforço do AC Milan no último mercado de inverno, Keisuke Honda deu somente aos vinte e sete anos o passo para um grande clube europeu, depois de três anos caracterizados pela regularidade exibicional em Moscovo. Dotado de um pé esquerdo virtuoso, Honda atua preferencialmente como médio-ofensivo centro, podendo também jogar em ambos os flancos ou como falso ponta-de-lança. Exibe qualidade na condução de bola, técnica, velocidade e uma boa meia distância. Especialista na cobrança de bolas paradas, Honda caracteriza-se como o distribuidor de jogo da turma japonesa. Se 2010 foi o ano de revelação, 2014 será o ano da confirmação de todos os predicados deste craque.

Treinador: natural de Meldola, Alberto Zaccheroni está a cumprir o quarto ano como selecionador do país dos samurais. Contando com uma vasta experiência no futebol italiano (passou por treze clubes distintos), o técnico de sessenta anos apenas ganhou uma Serie A ao serviço do AC Milan (1998/99). Depois de ter cessado o seu contrato com a Juventus FC no verão de 2010, rapidamente ingressou na seleção principal do Japão, levando-a à conquista da Taça das Nações Asiáticas em 2011. No pretérito ano esteve na Taça das Confederações, saindo precocemente da competição com três derrotas em outros tantos jogos. Apesar de preferir que as suas equipas apostem na circulação da bola com qualidade e de forma criteriosa, os nipónicos têm no contra-ataque a sua grande arma. Ao aproveitar a capacidade de passe dos médios interiores (normalmente Hasebe e Endo), a criatividade de Honda e a velocidade e mobilidade dos extremos e do ponta de lança, o Japão revela vantagens nas transições ofensivas. Defensivamente, a turma de Zaccheroni peca por alguns erros que são observados principalmente através do jogo aéreo e das transições ofensivas do adversário.  

Lista de selecionáveis: Guarda redes: Eiji Kawashima (Standard de Liège), Shusaku Nishikawa (Urawa Red Diamonds) e Suichi Gonda (Tokyo FC)

Defesas: Atsuto Uchida (FC Schalke 04), Hiroki Sakai (Hannover 96), Yuichi Komano (Júbilo Iwata), Yuzo Kurihara (Yokohama F-Marinos), Maya Yoshida (Southampton FC), Yasuyuki Konno (Gamba Osaka), Hideto Takahashi (Tokyo FC), Masahiko Inoha (Júbilo Iwata), Tomoaki Makino (Urawa Red Diamonds), Gotoku Sakai (VfB Stuttgart) e Yuto Nagatomo (FC Internazionale Milano)

Médios: Hajime Hosogai (Hertha BSC Berlin), Hotaru Yamaguchi (Cerezo Osaka), Kengo Nakamura (Kawasaki Frontale), Yasuhito Endo (Gamba Osaka), Makoto Hasebe (1. FC Nürnberg), Keisuke Honda (AC Milan), Hiroshi Kiyotake (1. FC Nürnberg), Shinki Kagawa (Manchester United FC), Takashi Inui (Eintracht Frankfurt) e Manabu Saito (Yokohama F-Marinos)

Avançados: Shinji Okazaki (1. FSV Mainz 05), Mike Havenaar (SBV Vitesse), Ryoichi Maeda (Júbilo Iwata), Tadanari Lee (Urawa Red Diamonds) e Yuya Osako (TSV 1860 Münich)

Artigo escrito por: Ricardo Ferreira
Imagens: en.wikipedia.org / anotandofutbol.blogspot.com / eluniversal.com.co / zimbio.com / bigstory.ap.org / fifa.com

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