Reflexão: Sensivelmente um ano depois, Cristiano Ronaldo voltou a ser consagrado no Kongresshaus, em Zürich. Com 37,66% dos votos, o internacional português superou a concorrência de Lionel Messi (15,76%) e Manuel Neuer (15,72%), segundo e terceiro classificados, respetivamente. Desta forma, repetiu o sucesso alcançado em 2008 e 2013, igualando Ronaldo Nazário de Lima e Zinédine Zidane (duas referências dos "merengues") com três Ballon d'Or. Iniciando com uma breve visão, a disputa entre os dois maiores astros da atualidade (à qual se juntou em 2014 uma das figuras da campeã mundial Alemanha) é um exercício praticamente descartável. Tanto Ronaldo como Messi encontram-se num plano absolutamente estratosférico, pelo que já garantiram o seu lugar junto das grandes figuras da história do futebol mundial. Em vez de comparações irrelevantes, os adeptos da verdadeira essência do futebol deveriam concentrar na forma como os internacionais português e argentino vão delineando o seu percurso à sua maneira, explorando e potenciando de diferentes formas os seus melhores atributos.
Recorrendo aos dados estatísticos e considerando o troféu como premiação do plano individual, Cristiano Ronaldo justificou plenamente o sabor de um novo triunfo. Em 2014 somou quatro títulos coletivos (Copa del Rey, UEFA Champions League, UEFA Super Cup e FIFA Club Wold Cup) e recebeu as distinções de melhor jogador do campeonato espanhol e do continente europeu. Apesar do desastre que constituiu a participação lusa no Mundial 2014, o craque do Real Madrid CF apresentou uma regularidade claramente acima da média, tendo estabelecido um novo recorde em termos de golos apontados na liga milionária (dezassete). De resto, Ronaldo é continuamente sinónimo de golos (cinquenta e quatro no período compreendido entre trinta de novembro de 2013 e vinte e um de novembro de 2014, a que se juntam dezoito assistências). É a principal figura do campeão europeu, uma formação que com Carlo Ancelotti atingiu níveis nunca antes observados no presente século.
Buscador incessante dos limites, CR7 é um produto do intenso e persistente treino. O seu talento inato foi moldado paulatinamente ao longo dos anos, para construir um atleta que mescla de modo praticamente perfeito capacidade física, finalização, qualidade técnica e velocidade. É um exemplo, na medida em que a personalidade e o seu elevado profissionalismo permitiu concretizar sonhos de criança. O tempo revelou o amadurecimento de um jogador que tem sido menos egocêntrico, optando por mais e melhores decisões que aproximem o seu conjunto do sucesso. Evoluiu, portanto, o seu perfil de tomada de decisão, já que cada vez mais tenta criar condições de finalização para os seus companheiros. Está diferente para melhor, na perspetiva daquilo que oferece aos membros da sua equipa. Naturalmente que esta mudança comporta subidas de produção em termos coletivos, elevando a dose de confiança existente. Uma boa prova da existência desta consiste no desafio lançado a Messi em plena consagração. É que a vitória conseguida no início de 2013 permitiu que a distância para o argentino encurtasse e, consequentemente, se interrompesse um ciclo de quatro vitórias consecutivas do astro do FC Barcelona. Por outras palavras, CR7 voltou a vislumbrar a possibilidade de tentar, no mínimo, igualar o seu companheiro de profissão no que a número de Ballon d'Or diz respeito. O discurso emocionado e lavrado em lágrimas deu naturalmente lugar a uma manifestação alegre e descontraída. Um dado é indubitável: independentemente do que vier a suceder-se no futuro a médio/longo prazo, CR7, pela força de todos os feitos alcançados ao longo de catorze anos de carreira e até pela própria mediatização de que é constantemente alvo, perdurará para a eternidade como uma das grandes referências do fenómeno futebolístico.
Uma palavra final para os dois jogadores que encerram o pódio. Iniciando pelo internacional argentino, vários fatores têm condicionado as suas prestações. Desde as lesões até às diversas mudanças técnicas ocorridas em Barcelona logo após a saída de Pep Guardiola em 2012, o que não permitiu a continuidade de um modelo de jogo que potenciava ao máximo as suas qualidades. Mesmo assim, no período considerado para a votação, alcançou um registo impressionante de golos e assistências, tendo superado Raúl González como máximo goleador da UEFA Champions League (leva setenta e cinco golos). Quanto ao Mundial 2014, apesar das deficiências da metodologia implementada por Alejandro Sabella (enorme distância entre setores, falta gritante de processos coletivos e jogadores selecionados apenas para atuar num único momento de jogo), Messi praticamente guiou, a par de Angél Di María, a sua nação até à final. Perante toda a conjuntura, arrecadou o troféu de melhor jogador da competição (apesar da grande polémica instalada) e manteve viva até ao limite a possibilidade de a Argentina conquistar o terceiro Campeonato do Mundo do seu historial. É um jogador no qual a inteligência, a exímia tomada de decisão, a velocidade de execução e a qualidade técnica residem de forma considerável. Por fim, Manuel Neuer representa um dos recentes vetores evolutivos da modalidade. Trata-se de um jogador em clara evolução, sobretudo desde a entrada de Pep Guardiola para o comando do FC Bayern Münich. O seu papel, tanto no clube como na seleção, tem aumentado de importância, visto ser o protótipo daquilo que deve representar na atualidade o guarda-redes de uma grande equipa (que assume a maior parte do tempo de jogo em organização ofensiva e transição defensiva). Em traços gerais, Neuer permitiu uma inovação tática, uma raridade na evolução histórica do futebol. A sua importância na primeira fase de construção cresceu, pela tranquilidade revelada dentro e fora da grande área, pela fácil capacidade de jogar com os pés e pelas linhas de passe fornecidas aos companheiros. Sem bola, o conhecimento do jogo é de tal ordem que permite antecipar jogadas adversárias, através de um excelente controlo da profundidade, do encurtamento dos espaços e da tomada de decisões nos 'timings' corretos. Em suma, um elemento que acrescentou novidade e que gradualmente possibilitar uma revolução no conceito de guarda-redes. Isto sem falar dos três grandes feitos coletivos conquistados em 2014 (1. Bundesliga, DFB Pokal e Mundial 2014), bem como dos respetivos reconhecimentos individuais (melhor guarda-redes do Campeonato do Mundo e detenção do recorde do menor número de golos sofridos na liga alemã).
Jovem Promessa: Will James Hughes nasceu a dezassete de abril de 1995 em Weybridge, no sudeste da Grã-Bretanha. Com apenas dois anos deslocou-se para Derby. Os primeiros toques na bola foram dados ao serviço do modesto Mickleover Jubilee FC. Mas no verão de 2011, a entrada para o principal clube da cidade pertencente ao distrito de Derbyshire constituiu-se como uma realidade absoluta. Após demonstrar qualidades ao serviço da equipa de reservas, o jovem inglês estreou-se com somente dezasseis anos no Championship. Entrando nos minutos finais, Will Hughes não foi a tempo de evitar a derrota por 3-2 no reduto do Peterborough United FC. Somando mais duas presenças no segundo escalão do futebol inglês, o médio terminaria a temporada 2011/12 sob rasgados elogios do então treinador Nigel Clough.
Mediante a realização de uma pré-temporada prometedora, Will Hughes estabeleceu-se definitivamente no plantel principal dos "The Rams". Foram aproximadamente quatro dezenas de encontros realizados em 2012/13 (dados distribuídos por três competições), dois golos, duas assistências e muito perfume espalhado pelos relvados britânicos através do seu magnífico pé esquerdo (foi eleito o melhor jogador jovem, recebendo o galardão Sammy Crooks - distinção que repetiria um ano mais tarde). Na verdade, a época poderia ter sido ainda mais profícua, não fosse a sua ausência em onze jogos devido a uma lesão na virilha. Já no exercício transato, as performances individual e coletiva quase se confundiram. Se no plano pessoal Will assumiu novamente de forma incontestável a titularidade (apesar da concorrência de Craig Bryson, Paul Coutts, George Thorne e Jeff Hendrick), no plano coletivo esteve a momentos de assegurar o regresso dos "The Rams" à Barclays Premier League (travado por um golo tardio do londrino Bobby Zamora). Como consequência de uma época marcada pela sua afirmação, Hughes estendeu o vínculo contratual com o Derby County FC até 2018. A nível de seleções, Will Hughes venceu o Torneio Internacional do Algarve 2012 pelo escalão U17. Esteve igualmente presente nas fases de apuramento para o Europeu U17 2012 e para o Europeu U21 2015 (dois golos em oito jogos). Importa frisar que o médio estreou-se com dezassete anos no escalão de esperanças (só Theo Walcott tinha obtido mais precocemente esta proeza) e alimenta o legítimo objetivo de fazer parte dos convocados de Gareth Southgate para o certame a disputar-se no próximo ano civil em solo checo.
Médio centro (pode também atuar no vértice mais recuado ou mais adiantado da zona intermediária), Will Hughes tem revelado uma exímia capacidade de detonar etapas com relativa facilidade. De estatura mediana (185 cm) e reluzentes cabelos louros, distingue-se como o verdadeiro motor de jogo. Aquele que organiza o jogo do seu conjunto, definindo ritmos e auxiliando constantemente nas tarefas defensivas e ofensivas. Aquele a quem se reconhece inteligência nos movimentos e no posicionamento, eficácia no passe (curto, médio e longo), muita qualidade técnica, interessante capacidade de desarme e uma visão de jogo fora do comum. Há uma boa margem de crescimento, sobretudo no aspeto físico. Steve McClaren tem sido importante no crescimento futebolístico e tático de Hughes e do próprio Derby County (ao fim de vinte e cinco jornadas partilha a liderança do Championship com o AFC Bournemouth). Quanto aos adeptos, os que regularmente se deslocam ao Pride Park, certamente que se têm deliciado com cada pormenor de classe apresentado pelo jovem natural de Weybridge. Afinal, o futuro do futebol britânico passa, em grande parte, pelas suas botas.
Facto: Um acidente de viação colocou no passado fim-de-semana um ponto final na carreira de Junior Malanda. De origens congolesas, o médio defensivo do VfL Wolfsburg efetuou o seu percurso de formação em equipas como o RSC Anderlecht e o Lille OSC. Depois de encantar ao serviço do SV Zulte Waregem, o belga chegou à Volkswagen Arena no início da temporada transata (onde progressivamente conquistou o seu espaço). Prova disso são as quinze presenças obtidas em 2014/15 (dados repartidos por 1. Bundesliga, DFB Pokal e UEFA Europa League). Importa salientar que Malanda atravessou todos os escalões jovens da seleção dos "Diabos Vermelhos", tendo contabilizado quinze internacionalizações e dois golos pela seleção U21. Com apenas vinte anos desaparece um dos bons valores que vinha despontando ao longo dos últimos meses no campeonato germânico e que muito provavelmente seria parte integrante da seleção da Bélgica. Paz à sua alma!
Recorrendo aos dados estatísticos e considerando o troféu como premiação do plano individual, Cristiano Ronaldo justificou plenamente o sabor de um novo triunfo. Em 2014 somou quatro títulos coletivos (Copa del Rey, UEFA Champions League, UEFA Super Cup e FIFA Club Wold Cup) e recebeu as distinções de melhor jogador do campeonato espanhol e do continente europeu. Apesar do desastre que constituiu a participação lusa no Mundial 2014, o craque do Real Madrid CF apresentou uma regularidade claramente acima da média, tendo estabelecido um novo recorde em termos de golos apontados na liga milionária (dezassete). De resto, Ronaldo é continuamente sinónimo de golos (cinquenta e quatro no período compreendido entre trinta de novembro de 2013 e vinte e um de novembro de 2014, a que se juntam dezoito assistências). É a principal figura do campeão europeu, uma formação que com Carlo Ancelotti atingiu níveis nunca antes observados no presente século.
Buscador incessante dos limites, CR7 é um produto do intenso e persistente treino. O seu talento inato foi moldado paulatinamente ao longo dos anos, para construir um atleta que mescla de modo praticamente perfeito capacidade física, finalização, qualidade técnica e velocidade. É um exemplo, na medida em que a personalidade e o seu elevado profissionalismo permitiu concretizar sonhos de criança. O tempo revelou o amadurecimento de um jogador que tem sido menos egocêntrico, optando por mais e melhores decisões que aproximem o seu conjunto do sucesso. Evoluiu, portanto, o seu perfil de tomada de decisão, já que cada vez mais tenta criar condições de finalização para os seus companheiros. Está diferente para melhor, na perspetiva daquilo que oferece aos membros da sua equipa. Naturalmente que esta mudança comporta subidas de produção em termos coletivos, elevando a dose de confiança existente. Uma boa prova da existência desta consiste no desafio lançado a Messi em plena consagração. É que a vitória conseguida no início de 2013 permitiu que a distância para o argentino encurtasse e, consequentemente, se interrompesse um ciclo de quatro vitórias consecutivas do astro do FC Barcelona. Por outras palavras, CR7 voltou a vislumbrar a possibilidade de tentar, no mínimo, igualar o seu companheiro de profissão no que a número de Ballon d'Or diz respeito. O discurso emocionado e lavrado em lágrimas deu naturalmente lugar a uma manifestação alegre e descontraída. Um dado é indubitável: independentemente do que vier a suceder-se no futuro a médio/longo prazo, CR7, pela força de todos os feitos alcançados ao longo de catorze anos de carreira e até pela própria mediatização de que é constantemente alvo, perdurará para a eternidade como uma das grandes referências do fenómeno futebolístico.
Uma palavra final para os dois jogadores que encerram o pódio. Iniciando pelo internacional argentino, vários fatores têm condicionado as suas prestações. Desde as lesões até às diversas mudanças técnicas ocorridas em Barcelona logo após a saída de Pep Guardiola em 2012, o que não permitiu a continuidade de um modelo de jogo que potenciava ao máximo as suas qualidades. Mesmo assim, no período considerado para a votação, alcançou um registo impressionante de golos e assistências, tendo superado Raúl González como máximo goleador da UEFA Champions League (leva setenta e cinco golos). Quanto ao Mundial 2014, apesar das deficiências da metodologia implementada por Alejandro Sabella (enorme distância entre setores, falta gritante de processos coletivos e jogadores selecionados apenas para atuar num único momento de jogo), Messi praticamente guiou, a par de Angél Di María, a sua nação até à final. Perante toda a conjuntura, arrecadou o troféu de melhor jogador da competição (apesar da grande polémica instalada) e manteve viva até ao limite a possibilidade de a Argentina conquistar o terceiro Campeonato do Mundo do seu historial. É um jogador no qual a inteligência, a exímia tomada de decisão, a velocidade de execução e a qualidade técnica residem de forma considerável. Por fim, Manuel Neuer representa um dos recentes vetores evolutivos da modalidade. Trata-se de um jogador em clara evolução, sobretudo desde a entrada de Pep Guardiola para o comando do FC Bayern Münich. O seu papel, tanto no clube como na seleção, tem aumentado de importância, visto ser o protótipo daquilo que deve representar na atualidade o guarda-redes de uma grande equipa (que assume a maior parte do tempo de jogo em organização ofensiva e transição defensiva). Em traços gerais, Neuer permitiu uma inovação tática, uma raridade na evolução histórica do futebol. A sua importância na primeira fase de construção cresceu, pela tranquilidade revelada dentro e fora da grande área, pela fácil capacidade de jogar com os pés e pelas linhas de passe fornecidas aos companheiros. Sem bola, o conhecimento do jogo é de tal ordem que permite antecipar jogadas adversárias, através de um excelente controlo da profundidade, do encurtamento dos espaços e da tomada de decisões nos 'timings' corretos. Em suma, um elemento que acrescentou novidade e que gradualmente possibilitar uma revolução no conceito de guarda-redes. Isto sem falar dos três grandes feitos coletivos conquistados em 2014 (1. Bundesliga, DFB Pokal e Mundial 2014), bem como dos respetivos reconhecimentos individuais (melhor guarda-redes do Campeonato do Mundo e detenção do recorde do menor número de golos sofridos na liga alemã).
Jovem Promessa: Will James Hughes nasceu a dezassete de abril de 1995 em Weybridge, no sudeste da Grã-Bretanha. Com apenas dois anos deslocou-se para Derby. Os primeiros toques na bola foram dados ao serviço do modesto Mickleover Jubilee FC. Mas no verão de 2011, a entrada para o principal clube da cidade pertencente ao distrito de Derbyshire constituiu-se como uma realidade absoluta. Após demonstrar qualidades ao serviço da equipa de reservas, o jovem inglês estreou-se com somente dezasseis anos no Championship. Entrando nos minutos finais, Will Hughes não foi a tempo de evitar a derrota por 3-2 no reduto do Peterborough United FC. Somando mais duas presenças no segundo escalão do futebol inglês, o médio terminaria a temporada 2011/12 sob rasgados elogios do então treinador Nigel Clough.
Mediante a realização de uma pré-temporada prometedora, Will Hughes estabeleceu-se definitivamente no plantel principal dos "The Rams". Foram aproximadamente quatro dezenas de encontros realizados em 2012/13 (dados distribuídos por três competições), dois golos, duas assistências e muito perfume espalhado pelos relvados britânicos através do seu magnífico pé esquerdo (foi eleito o melhor jogador jovem, recebendo o galardão Sammy Crooks - distinção que repetiria um ano mais tarde). Na verdade, a época poderia ter sido ainda mais profícua, não fosse a sua ausência em onze jogos devido a uma lesão na virilha. Já no exercício transato, as performances individual e coletiva quase se confundiram. Se no plano pessoal Will assumiu novamente de forma incontestável a titularidade (apesar da concorrência de Craig Bryson, Paul Coutts, George Thorne e Jeff Hendrick), no plano coletivo esteve a momentos de assegurar o regresso dos "The Rams" à Barclays Premier League (travado por um golo tardio do londrino Bobby Zamora). Como consequência de uma época marcada pela sua afirmação, Hughes estendeu o vínculo contratual com o Derby County FC até 2018. A nível de seleções, Will Hughes venceu o Torneio Internacional do Algarve 2012 pelo escalão U17. Esteve igualmente presente nas fases de apuramento para o Europeu U17 2012 e para o Europeu U21 2015 (dois golos em oito jogos). Importa frisar que o médio estreou-se com dezassete anos no escalão de esperanças (só Theo Walcott tinha obtido mais precocemente esta proeza) e alimenta o legítimo objetivo de fazer parte dos convocados de Gareth Southgate para o certame a disputar-se no próximo ano civil em solo checo.
Médio centro (pode também atuar no vértice mais recuado ou mais adiantado da zona intermediária), Will Hughes tem revelado uma exímia capacidade de detonar etapas com relativa facilidade. De estatura mediana (185 cm) e reluzentes cabelos louros, distingue-se como o verdadeiro motor de jogo. Aquele que organiza o jogo do seu conjunto, definindo ritmos e auxiliando constantemente nas tarefas defensivas e ofensivas. Aquele a quem se reconhece inteligência nos movimentos e no posicionamento, eficácia no passe (curto, médio e longo), muita qualidade técnica, interessante capacidade de desarme e uma visão de jogo fora do comum. Há uma boa margem de crescimento, sobretudo no aspeto físico. Steve McClaren tem sido importante no crescimento futebolístico e tático de Hughes e do próprio Derby County (ao fim de vinte e cinco jornadas partilha a liderança do Championship com o AFC Bournemouth). Quanto aos adeptos, os que regularmente se deslocam ao Pride Park, certamente que se têm deliciado com cada pormenor de classe apresentado pelo jovem natural de Weybridge. Afinal, o futuro do futebol britânico passa, em grande parte, pelas suas botas.
Facto: Um acidente de viação colocou no passado fim-de-semana um ponto final na carreira de Junior Malanda. De origens congolesas, o médio defensivo do VfL Wolfsburg efetuou o seu percurso de formação em equipas como o RSC Anderlecht e o Lille OSC. Depois de encantar ao serviço do SV Zulte Waregem, o belga chegou à Volkswagen Arena no início da temporada transata (onde progressivamente conquistou o seu espaço). Prova disso são as quinze presenças obtidas em 2014/15 (dados repartidos por 1. Bundesliga, DFB Pokal e UEFA Europa League). Importa salientar que Malanda atravessou todos os escalões jovens da seleção dos "Diabos Vermelhos", tendo contabilizado quinze internacionalizações e dois golos pela seleção U21. Com apenas vinte anos desaparece um dos bons valores que vinha despontando ao longo dos últimos meses no campeonato germânico e que muito provavelmente seria parte integrante da seleção da Bélgica. Paz à sua alma!
Frase: «Temos de ser humildes ou vamos continuar a dar desgosto aos adeptos gilistas, que sofrem com tudo isto. É preciso coragem para que as coisas aconteçam. Tenho aqui jogadores que nada fizeram pelo futebol português para terem tamanho ego» - José Mota, treinador do Gil Vicente FC, após a eliminação da sua equipa da Taça de Portugal aos pés do Rio Ave FC.
Por Ricardo Ferreira
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