Peça-chave numa
estratégia de marketing brutal, o RB Leipzig tem nos últimos anos
saltado com facilidade de divisão em divisão, rumo à 1. Bundesliga.
Apesar do reduzido mediatismo a nível europeu, é já a equipa mais
controversa da nação germânica e vai desencadeando diversas
reações por todo o país. Tal como o nome sugere, o
clube é detido pela poderosa Red Bull, sendo, aliás, o mais recente
no portfólio da marca. Depois de se fixar em vários países
(Áustria, Brasil, Estados Unidos e Gana), a multinacional de bebidas
energéticas decidiu tentar a sua sorte num dos epicentros do futebol
mundial. O motivo? Simples: só assim conseguirá ter sucesso na
montra que é a Liga dos Campeões. Para tal, a Red Bull está
disposta a gastar muito dinheiro.
O primeiro passo consistiu na compra de licença para disputar uma das divisões secundárias da Alemanha. Estudados vários clubes, chegou-se à conclusão de que o mais adequado para tal seria o SSV Markranstädt, do quinto escalão. Procedeu-se, então, à aquisição dos direitos desportivos do modesto conjunto, que naturalmente regressou aos regionais. A resistência por parte dos seus fãs, ainda que existente, ficou longe da que poderia ter oferecido a massa adepta de um dos outros emblemas.
Assim, a dezanove de maio de 2009 era oficialmente fundado o RasenBallsport Leipzig. Devido às regras em vigor, a empresa não pôde colocar o seu nome na designação do clube, tendo, portanto, optado por um outro que permitisse ostentar a sigla RB. Pelo contrário, clubes como Bayer 04 Leverkusen ou VfL Wolfsburg podem fazê-lo porque existem há mais de vinte anos e contribuíram para o crescimento do futebol alemão. Seguidamente, a marca austríaca garantiu a utilização, por uma década, de um dos estádios do Mundial 2006, o Zentralstadion, alterando depois o seu nome: atualmente, o RB Leipzig atua no Red Bull Arena, um recinto de topo com capacidade para 44 500 espectadores.
À data da fundação, o objetivo do clube era claro: chegar à Bundesliga até 2019, dispondo, para isso, de cem milhões de euros. Quase seis anos volvidos, a meta será certamente outra, já que o conjunto disputa a 2.Bundesliga e está em boa posição para assegurar a subida. Ou seja, em apenas cinco temporadas, o RB Leipzig subiu três divisões e pode fazê-lo novamente já em 2015. Embora dinheiro não seja problema, a entidade germânica tem crescido de forma bastante estruturada e sustentada. Ao invés de dispender quantias astronómicas na contratação de atletas de créditos firmados, a aposta tem recaído em jovens de valor e com um potencial enorme.
Joshua Kimmich (campeão europeu sub-19, que entretanto chegou a acordo com o FC Bayern Münich), Ante Rebić (talento croata cedido pela ACF Fiorentina), Massimo Bruno (prodígio belga que vai rodando no FC Red Bull Salzburg, provavelmente, até à promoção do RB Leipzig), ou Rani Khedira (irmão de Sami e internacional jovem pela Alemanha) são os exemplos mais flagrantes.
O primeiro passo consistiu na compra de licença para disputar uma das divisões secundárias da Alemanha. Estudados vários clubes, chegou-se à conclusão de que o mais adequado para tal seria o SSV Markranstädt, do quinto escalão. Procedeu-se, então, à aquisição dos direitos desportivos do modesto conjunto, que naturalmente regressou aos regionais. A resistência por parte dos seus fãs, ainda que existente, ficou longe da que poderia ter oferecido a massa adepta de um dos outros emblemas.
Assim, a dezanove de maio de 2009 era oficialmente fundado o RasenBallsport Leipzig. Devido às regras em vigor, a empresa não pôde colocar o seu nome na designação do clube, tendo, portanto, optado por um outro que permitisse ostentar a sigla RB. Pelo contrário, clubes como Bayer 04 Leverkusen ou VfL Wolfsburg podem fazê-lo porque existem há mais de vinte anos e contribuíram para o crescimento do futebol alemão. Seguidamente, a marca austríaca garantiu a utilização, por uma década, de um dos estádios do Mundial 2006, o Zentralstadion, alterando depois o seu nome: atualmente, o RB Leipzig atua no Red Bull Arena, um recinto de topo com capacidade para 44 500 espectadores.
À data da fundação, o objetivo do clube era claro: chegar à Bundesliga até 2019, dispondo, para isso, de cem milhões de euros. Quase seis anos volvidos, a meta será certamente outra, já que o conjunto disputa a 2.Bundesliga e está em boa posição para assegurar a subida. Ou seja, em apenas cinco temporadas, o RB Leipzig subiu três divisões e pode fazê-lo novamente já em 2015. Embora dinheiro não seja problema, a entidade germânica tem crescido de forma bastante estruturada e sustentada. Ao invés de dispender quantias astronómicas na contratação de atletas de créditos firmados, a aposta tem recaído em jovens de valor e com um potencial enorme.
Joshua Kimmich (campeão europeu sub-19, que entretanto chegou a acordo com o FC Bayern Münich), Ante Rebić (talento croata cedido pela ACF Fiorentina), Massimo Bruno (prodígio belga que vai rodando no FC Red Bull Salzburg, provavelmente, até à promoção do RB Leipzig), ou Rani Khedira (irmão de Sami e internacional jovem pela Alemanha) são os exemplos mais flagrantes.
Os
atuais regulamentos da federação germânica indicam que os clubes
devem ser geridos por uma comunidade, e não por uma única empresa
ou pessoa. De alguma forma, a RB Leipzig contornou a legislação e,
como consequência, tem sido fortemente criticado em quase todo o
país. Segundo os mais desagradados, o Leipzig é um "clube de
plástico" e põe em causa a cultura do futebol alemão. Apesar
de tudo, o conjunto da Red Bull é já o mais forte da Alemanha
Oriental. Graças ao poderio económico, vai começando a assustar os
gigantes do outro lado do muro e faz os adeptos sonhar. Não é
motivo para menos: é toda uma região que volta a entrar no mapa do
futebol.
Por José Dias
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